terça-feira, 21 de agosto de 2007

DivagoMundo


DivagoMundo

(Ernesto Albuquerque)


Nada se compara ao absurdo
De estar vivo
LEVITAMUNDO
A arte do sol não é brilhar
DILATOMUNDO
O mundo cão, o mundo são
Ô mundo em vão
Lilith tem a cabeça cortada! (mas não fui eu)
MINCAROMUNDO
A sinopse não é convidativa
Tales é abstrato em números
SONUPROFUNDO
Chinaski não bebe mais por hoje
SEPAROMUNDO
Essas algemas nunca me deterão
DESAFIOMUNDO
No lado escuro da Lua está a resposta
Para os males de quem não tem cura
INFECTOMUNDO
As fezes de Cristo usadas como bálsamo
RECURSOIMUNDO
Somente os cegos olham para o céu
OFIMDOMUNDO
Os restos de Deus adubam a terra
Onde nascerão Homens e Mulheres
Perfeitamente imperfeitos
CONTINUOMUNDO

sábado, 28 de julho de 2007

Reação caótica ante ao equilíbrio

Arte David Ho


Um dia acordei (lá pelo meio-dia) e ainda estava com a roupa do dia anterior, coloquei a mão no bolso e tinha um guardanapo de papel com esse texto e com a minha letra, provavelmente fui eu quem escreveu:





Engodo prolífero a desencadear
Uma fúria frutífera
De frutas feras
De longas eras
A alimentar a pança alheia
dissipando na fumaça
Ou na veia
Um grito estridente na rua (arruaça)
Talves por serem meus os teus erros
Talvez por serem teus os meus olhos
E dissemino toda minha franqueza
Livrando-me da avareza
Tentando tripudiar sobre seus atos
Cuspir em suas fotos
Camuflar todos os fatos
Talvez por serem pobres meus relatos
Meus julgamentos insensatos
Por tentar me divertir `a revelia
Sem pensar na rebeldia
Que entoa a melodia
Saindo `a noite, chegando de dia
Comendo o que eu não comia
Bebendo o que eu não bebia
Me esquecendo do que vivia
Uma vida sem memória
Uma batalha sem glória
Uma estupidez notória
Pra me livrar de um gesto amigo
Só pra olhar pro meu umbigo
E dizer o que eu não digo
Normalmente ao teu ouvido

Ernesto Albuquerque

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Kindreds on my path..long time ago




Aos 13

(Ernesto Albuquerque)


Aos filhos de Caim
Espalhados pelo mundo
De Deus
Seus filhos e os meus
Pecado imundo
Viver pelo sangue
Vermelho impuro
Filhos de Caim
Um dia eu juro
Enoch já não cabe em si
Never was the other way
There’s no way
Kindreds on my path
I allways could smell
Death
O gosto metálico de Lilith
O primeiro pedaço
O calor da tua veia
O Penhasco
Verdadeiro dilúvio ainda virá
Filhos de Caim como será?

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Imortal

Certas noites eu realmente saia de casa como se fosse minha última noite na terra, poucos, realmente poucos sabem o que é isso. Se despedir de todos mentalmente e entrar no carro. Fiz isso tantas vezes que percebi meu destino


Imortal

Talhado pelo tempo, temporal de palavras,
Mudo, surdo e cego, navego no teu dorso
Meu nome do meio, alheio, vago
Nem tudo que devo eu pago, mas antes
O que quer que eu queria que fosse
Não foi….descarrilhar vagões no meio da noite
Fiz isso por anos a fio, sem testemunhas
Nem vou começar a contar…Deus morreria de vergonha
O Diabo morreria de vergonha, imagine EU!
Na verborragia encrustada neste mar digital
Sou mais um, mas não serei por muito tempo
Meu lugar predestinado ao sol está guardado antes
Do meu nascimento. Sugarei a seiva bruta que
Me levará a lugares frequentado por poucos
Farei um colar com as pérolas que foram jogadas
Aos porcos e com ele sairei de madrugada
Enfileirando putas travestidas de meninas
(ou seria o contrário)
Negarei três vezes o rótulo de beatnik
Antes de o galo cantar…
Minha estória não cruza este caminho
Tudo que me orgulho (ou me envergonho)
Fiz sozinho
No rumo que tracei, vi poucos vingarem
Na onda envolvente da luxúria que varria minhas
Madrugadas, excessos e acasos faziam minha sorte
Por muitas vezes meti no cú da morte
Conto aqui não minhas estórias
Essas não cabem em poesia
Relato apenas que sobrevivi
Pra quem achou que não sobreviveria

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Genius of the Crowd by Charles Bukowski


Uma tradução humilde pra quem gosta do "velho safado" e fica esperando alguma editora publicar mais poesias dele por aqui. Recomendo também este vídeo dele no YouTube






O Gênio da Multidão: Charles Bukowski
(tradução Ernesto Albuquerque)

Existe traição suficiente, rancor violento e absurdo
No Homem comum para abastecer qualquer exército em qualquer dia
E o melhor do homicídio são aqueles que pregam contra
E o melhor do ódio são aqueles que pregam o amor
E o melhor da guerra finalmente são aqueles que pregam a paz

Aqueles que pregam Deus, precisam de Deus
Aqueles que pregam paz, não tem paz
Aqueles que pregam paz, não tem amor

Cuidado com os pregadores
Cuidado com os sábios
Cuidado com aqueles que estão sempre lendo livros
Cuidado com aqueles que, se orgulham ou
Detestam a pobreza
Cuidado com aqueles apressados em louvar
Pois precisam de louvores em troca
Cuidado com aqueles apressados na censura
Eles tem medo do que não conhecem
Cuidado com aqueles que buscam multidões
Para não ficarem sozinhos
Cuidado com o homem comum e a mulher comum
Cuidado com o seu amor, seu amor é comum
Busca o comum

Mas existe genialidade no rancor deles
Existe genialidade no rancor deles suficiente
Para matar você e todo mundo
Que não está desejando a solidão
Que não está entendendo a solidão
Eles vão tentar destruir qualquer coisa
Que seja diferente deles
Sem estar aptos a criar arte
Eles não vão entender arte
Eles vão considerar sus falhas
Como criadores
Apenas como uma falha do mundo
Sem estar aptos a amar completamente
Eles vão crer que o seu amor é incompleto
E então eles vão te odiar
E o seu ódio será perfeito
Como um diamante reluzente
Como uma faca
Como uma montanha
Como um tigre
Como um veneno
Sua arte mais pura

terça-feira, 19 de junho de 2007

Novos Guerreiros


Bom, me sinto na obrigação descabaçar este blog com um poema meu, afinal a poesia foi criada com esse objetivo: DESCABAÇAR!


Somos novos guerreiros, de guerras novas
Somos novos artilheiros de lua-nova
Lutamos contra os contra-tempos
Contra o destino
Guerreiros de agora, do hoje
De lutas silenciosas, pouco notadas
De economias estúpidas
De juros e dividendos
De perdas de tempo
De dietas e consumismo
Chegamos finalmente
Na terceira guerra mundial
A guerra do EU, somos a geração
Do EU, do EGO
Somos a subtração limítrofe
Do bom-senso
Somos descaradamente egocêntricos
Um exército de EU’s de MIM’s
Marchando sem rumo
Somos mim’s procurando eu’s
Com alvos nas costas, fazendo mira…
Somos nós, dentre outros
Vagando entre todos
Somos ELES

Me rendi

Ok vocês venceram...batata frita! Eu evitei ao máximo criar um blog, mas como vejo que tenho passado muitas horas na frente do computador (novamente) acho melhor compartilhar meus textos, poesias e pensamentos com os transeuntes que por acaso esbarrarem neste endereço (azar o seu).